A coragem de se escolher primeiro

Reflexões e ferramentas para reconhecer o que é essencial, abrir espaço e escolher, todos os dias, priorizar o cuidado com si mesma.

Se você chegou agora, seja muito bem-vinda! Estamos em uma jornada de construção da saúde real: aquela que é integral, sustentável e possível — e, por isso, duradoura.

Na edição 06, falamos sobre a importância de se conhecer. Depois, sobre o poder transformador da autorresponsabilidade. E, na última, mergulhamos em um olhar profundo e potente sobre o autocuidado.

Hoje, seguimos na construção desses princípios e vamos falar de priorização. Sobre escolher-se primeiro. Sobre entender o que é importante — e, mais do que isso, agir a partir disso.

Priorizar-se não é egoísmo. É sabedoria.

Quando você se prioriza — quando se escolhe antes do mundo —, você se torna uma pessoa melhor: mais inteira, mais presente. E assim, pode oferecer o seu melhor para o mundo também. Para poder estar inteira nos espaços e nas relações que mais importam.

Uma  pergunta simples e poderosa é:
O que é inegociável na sua vida neste momento?
E, a partir dessa resposta, escolher vivenciar os seus importantes.

Percebe como tudo está conectado até aqui? Começamos pelo autoconhecimento. Depois, nos abrimos para entender o que é essencial. Ganhamos clareza. Na sequência, vem a responsabilidade de agir e o compromisso com o cuidado de si. Agora, damos mais um passo: escolher. Escolher com consciência, com intenção. Vem a priorização daquilo que é importante na sua vida hoje.

Só conseguimos enxergar as nossas prioridades quando desaceleramos. Quando fazemos menos. Quando paramos de tentar dar conta de tudo. Quando entendemos o que realmente importa, nos sentimos mais motivadas, mais conectadas, menos estressadas.

A leveza vem de fazer as escolhas certas. 

A sensação recorrente de esgotamento não vem de termos muito a fazer, mas de sentir que o que fazemos não são os nossos importantes. 

Por isso, é urgente criar espaços de pausa. Espaços para pensar. Para redirecionar tempo e energia. Para lembrar o que é importante — e viver a partir disso.

Não é a vida que se acalma sozinha.
É a gente que acalma a vida, ao fazer menos e escolher melhor.

Desde a edição #01, estamos construindo um conjunto de reflexões, conhecimentos e convites à prática que sustentam essa saúde que respeita a sua história, seu tempo, seu corpo, sua alma.

Já falamos sobre coragem, autenticidade, medos, limites e sobre aquilo que a saúde não é — e o que ela verdadeiramente pode ser.

A priorização nos ensina a fazer escolhas conscientes, a colocar limites, a fazer menos, a direcionar tempo e energia — os nossos esgotáveis — para o que realmente importa.

Se perdeu alguma edição, corre aqui para acessar.

E agora, te convido a mergulhar no quarto princípio da saúde integral — aquele que te ajuda a fazer escolhas.

Vamos juntas?

Marina Rondon

Priorizar-se é potência.

Todas nós já conhecemos a metáfora da máscara de oxigênio, né? "Primeiro eu coloco em mim e depois na criança." Mas, na vida real, sei pela prática que não é simples assim. E esse foi um grande aprendizado. Nada cairia suavemente diante de mim — aquilo que eu realmente precisava, com um aviso claro para que eu me escolhesse primeiro, nunca viria pronto.

Com a maternidade, aprendi a criar limites e a dizer não. A reconhecer meus inegociáveis e a sustentar, com firmeza, aquilo que é importante para mim. Reforcei meus valores e aprendi a ser, ainda mais, resiliente. Aprendi, na prática, sobre priorização. E, com certeza, descobri uma força que vai além do físico — me tornei mais forte por inteira. Aprendi a lutar por mim e pelos meus sonhos antes de me entregar ao mundo.

Hoje me priorizo, sem culpa. Aprendi, vivendo, que primeiro a gente precisa cuidar de si para poder cuidar do outro. Eu sempre era uma mãe melhor depois da minha corrida. Mas não foi sempre assim.

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